terça-feira, 8 de novembro de 2011

Recado a Sarney "Levem tudo, mas lembrem-se: mortalha não tem bolso, e um dia tudo acaba"


O vizinho senhor do grande feudo do Meio-Norte

"Quando se diz que Sarney não é do Maranhão, mas o Maranhão é que é dele - mesmo em tom anedótico -fala-se uma grande verdade.

A família é riquíssima, e o Maranhão é o mais miserável dos Estados do Brasil, com um padrão de vida que lembra a velha Biafra.

Tudo no Maranhão de Gonçalves Dias é da família Sarney, da luz elétrica à coleta de lixo, do babaçu aos azulejos portugueses, das mamonas às terras onde eles deixam construir favelas.

O povo, a massa popular, é mais pobre do Brasil. (Uma família, em média, ganha R$ 50 por mês).

Porém, na hora de votar, é cego como uma pedra ou escravo a votar no dono.

A OAB está questionando na Justiça a constitucionalidade da lei que praticamente ´estatiza` a Fundação José Sarney.

A lei já foi aprovada em regime de urgência na Assembleia e sancionada pela governadora Roseana Sarney - sempre ela! - filhinha querida do presidente do Congresso Nacional.

O nome da entidade é pomposo: Fundação da Memória Republicana Brasileira, que receberá todo o acervo da Fundação José Sarney, entregue às baratas. Agora será extinta.

Levem tudo, mas lembrem-se: mortalha não tem bolso, e um dia tudo acaba. Tenho pena apenas dos maranhenses boa gente."

 Regina Marshall - Diário do Nordeste

Nenhum comentário:

Postar um comentário