Alguns dias o blog com o título “ Sem saída, Grupo Roseana busca nome da oposição para as eleições municipais em São Luís” fala da sinuca de bico que o grupo sarneyzista enfrentava diante das eleições para a prefeitura de São Luís. Como Governo o grupo teria a obrigação de mostrar força e ser um dos comandantes do pleito fazendo frente ao prefeito João Castelo, a estratégia já era um indício do naufrágio logo adiante.
Max Barros que assumiu o leme da barca sarneyzista e não vingou. Como a candidatura não teve o retorno esperado como provam as pesquisas, a Mirante começou a especular nomes, na gíria popular “jogou verde” como parte de uma estratégia.
O grande baque dentre os líderes do PMDB e o que eles não esperavam de forma alguma é que hoje o seu poderio de agregar nomes não é mais o mesmo de influência dentre as correntes políticas. Político pode ser corrupto, mas não é burro e São Luís é a capital não o interior, ou seja, pelo maior poder aquisitivo aqui as pessoas são mais instruídas e não se deixam influenciar tanto pela mídia protecionista que rendeu o título de Ilha Rebelde. Resumindo coligar com Sarney em São Luís é uma grande furada.
Mas o PMDB é formado por grandes empresários, doutores e mestres na arte da camuflagem e tem a arrogância como um dos adjetivos da personalidade dos coligados ao partido e não poderia desistir de uma candidatura simplesmente por reconhecer a falta de força política. A estratégia foi jogar a bomba para um dos mais oportunistas dentre todos os políticos maranhenses o petista Washington Oliveira o vice-governador que Roseana nem recebe em seu gabinete e ao famigerado PT que perdeu sua essência há um bom tempo. Claro não vamos generalizar que lá existe muitas correntes que mantém vivo os princípios do partido dos trabalhadores, mas desde que se coligou ao PMDB o PT já não é mais o mesmo.
Washington será o candidato. Apesar de Bira do Pindaré também querer a vaga, mas no PT não existe democracia o que a nacional e o Sarney decidir é o que vale, basta uma breve lembrança que na votação o partido deveria se coligar com o PCdoB em 2010 e o resultado é sabido por todos. O vice-governador receberá o apoio público de Roseana, mas não mais que isto, sua candidatura se esvaziará porque para a governadora o PT é apenas parte de uma estratégia de momento não um aliado propriamente dito.
E assim o Governo vai tenta sair por cima de uma eleição a onde ele jamais teve a chance de entrar, são os novos tempos, retratos de uma nova era que surge de uma oligarquia que cai aos poucos sem perceber e que ao mesmo tempo trás uma nova realidade a política local. É o tempo a onde os veículos de comunicação, o dinheiro e o poder de Sarney e Roseana já não fazem tanta diferença e é recusado pela grande maioria.
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