quarta-feira, 13 de junho de 2012

Roseana Sarney demonstra tédio enquanto Washington marca traço em pesquisas




Na oposição (não vou chamar de oposição do campo contrário ao dos Sarney, porque, afora Castelo (PSDB), alguém poderia ficar zangado se eu assim o englobasse), três candidaturas já estão preparadas para entrar em campo: Edivaldo Holanda Júnior (PTC), Tadeu Palácio (PP) e João Castelo.

Todos os três comprovadamente com potencial de chegar ao segundo turno e vencer a eleição em São Luís. Atenção, tenho escrito (ah, ter de me explicar, prova indiscutível de que o maranhense mais graduado ainda tem duvida de que pulou da árvore!): a divisão em três candidaturas pode criar problemas para Flávio Dino (PCdoB) em 2014. Somente. As três candidaturas não perdem em potência.

E há o candidato dos Sarney, o petista Washington Luiz.

Washington Luiz é a prova irrefutável de que candidato não se inventa. Mesmo sendo vice-governador e tendo toda a visibilidade que o cargo oferece nos meios de comunicação da família Sarney, até aqui o homem só perde musculatura.

Na última pesquisa Escutec – que está acima de qualquer suspeita – Washington Luiz não só perdeu pontos porcentuais como, na diferença para menos, marca traço (na linguagem das pesquisa de audiência de tevê). É um fenômeno de sinal invertido. Até as análises mais ótimas apontam que o petista corre grande risco de sair da disputa menor do que entrou. Nada, porém, leva a crer que ele desistirá da peleja: por vaidade e maus conselhos.

Washington Luiz tem dito a interlocutores que pretende nacionalizar a campanha. Com isso quer dizer: pretende pôr Lula e Dilma na campanha. O problema da tese, se assim podemos chamar, é imaginar que os adversários além de estar cegos, surdos e mudos, estarão amarrados. Muito amador, meu caro Watson!

Impossível não imaginar que à tal nacionalização não corresponderá a regionalização. Ou seja, Washington Luiz estará pondo em jogo o sarneísmo e o antissarneísmo. Óbvio! Algum tolinho há de saltar do galho e perguntar: “Mas não foi você quem disse, Kenard, que a população irá votar em quem apresentar propostas viáveis e factíveis?” Minha resposta: desde quando o desejo de bem-estar apaga o natural antissarneísmo? Até a família Sarney, que não tem idiotas, diga-se, sabe que há um desgaste por conta de tanto tempo de poder. Só os bajuladores não sabem disso.

O problema de Washington é de peso. Nunca ganhou uma eleição, não é carismático, longe disso, e, pelos delicados que o cercam, é um candidato com o pé firme no sabonete.

E olha que não estou a falar das incontáveis e provadas denúncias contra o grupo petista comandado por Washington Luiz (preciso lembrar das falcatruas no Incra e da roubalheira na Secretaria de Educação, só para ficar em dois casos?). Ou algum ingênuo pensa que numa disputa eleitoral os adversários perdem a memória e a língua? Por favor…

Roseana Sarney (PMDB) inventou, de forma intempestiva, a candidatura de Max Barros (que não fazia nenhum segredo: não queria ser candidato a prefeito), quando tinha na Secretaria de Turismo Tadeu Palácio, o mesmo que vem mostrando musculatura inegável nas pesquisas de intenções de voto.

Há como mudar o quadro? Sinceramente, não sei dizer. Posso arriscar que não. Até porque Roseana Sarney tem demonstrado absoluto tédio político e administrativo. Que o diga o afoito primeiro-cunhado Ricardo Murad.

O que vem a ser mais um erro político. A eleição em São Luís era a prova dos nove para a governadora. O momento exato para mostrar que o discurso de mudança de práticas políticas não passa de mera retórica.

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